O Sonho

Vou contar o meu sonho
Todo ele tão belo
Nada nele de medonho

Lá estava eu
numa noite escura e negra
No meio de um cemitério via velas arder,
Almas belas a renascer

Por entre toda esta beleza
Vi uma rapariga, cabelos negros como a noite
Olhos castanhos, cor de terra
Com seu corpo branco me declarava guerra

Atrás dela eu ia
Enquanto ela fugia
Derrepente, parava, sorria,
E de novo de mim corria

Até que parou, me tocou,
Aí eu a abracei, agarrei,
Nos seus olhos, meu olhar fixei
Todo seu corpo toquei,
Até que enfim, seus lábios beijei
E infelizmente acordei.

Nunca me esquecerei
Daquela rapariga, da sua canção
Que através de um sonho
Me conquistou o coração

Coração frio

Caminho por um cemitério
Tento fugir da escuridão
Mas parece que as trevas
Já se apoderaram do meu coração

Vultos escuros
Almas errantes
Tornam corações impuros
Matam o que amaram antes

O amor deixa de existir
As trevas começam a fazer-se sentir
Fazem almas belas e puras
De seus corpos fugir

O ódio, a ira, a vingança
Começam a crescer
Enquanto, toda a esperança
Acaba de morrer

Assim meu coração
Deixa de bater
Torna-se negro e frio
Meus olhos deixam de ver
Toda a belza do teu olhar
Por isso já não rio
Já não sei o que é amar

Que se passa comigo?

Desculpem o meu último poema
Mas estava completamente pedrado
Pedrado de amor
Pedrado de dor
Pedrado de toda essa doçura
Pedrado de toda essa amargura

Tu isto se resume a uma pessoa
A pessoa que não consigo esquecer
A pessoa que parece não me querer
A pessoa por quem estou disposto a sofrer

O amor é louco
É tanto o sofrimento
Que a felicidade sabe a pouco
Assim não acaba o tormento

O que sinto por ti não é físico
O que realmente quero
Vive cá dentro
Pois realmente eu espero
Que não me fiques apenas no pensamento

Quanto estou contigo sinto calor
Sem ti sinto frio
É o puro amor
Que me dá um arrepio

O que se passa comigo
Não consigo explicar
Há mesmo quem diga
Que estou a deixar de te amar
Isso não é verdade
Preciso te beijar
Não és apenas uma obcessão
Tu tás dentro do meu coração